A Quimera era um terrível monstro que expelia fogo pelas narinas e devastava as planícies da Anatólia. Tinha três cabeças, todas diferentes, corpo de leão e cauda de serpente. Uma mistura de DNAs tão exdrúxula que, até hoje, chamamos de “quimera” todas as coisas aparentemente muito fantasiosas ou de existência improvável.
A Quimera causava grandes estragos no
reino da Lícia, cujo rei, Iobates, estava empenhado na procura de um herói que
pudesse derrotá-la.
Eis que, num belo dia, aparece por lá
um charmoso herói-galã chamado Belerofonte,
muito recomendado por Preto, genro do rei.
Na verdade, o que Preto queria mesmo era
livrar-se do herói. Belerofonte e a
mulher de Preto, Antéia, haviam se enrolado numa história palaciana muito mal contada,
cheia de intrigas, na qual se misturavam a fúria da mulher desprezada e os ciúmes do marido traído. E Preto escreveu uma carta ao sogro pedindo-lhe
que se encarregasse de matar Belerofonte.
Para atender ao pedido do genro, Iobates
resolveu mandar o herói enfrentar a Quimera.
Belerofonte topou a parada mas, como
não era um sujeito completamente idiota, foi antes pedir ajuda aos deuses. Com
a intervenção de Minerva, adonou-se do
cavalo alado Pégaso e, montado nele, conseguiu a vitória sobre a Quimera.
Belerofonte acabou se casando com a
filha de Iobates, a Princesa Filone, e
poderia ter vivido feliz para
sempre se.... a soberba não tivesse
falado mais alto.
Ofuscado pelos próprios sucessos e
aspirando a imortalidade, Belerofonte decidiu voar até a morada dos deuses, montado
em Pégaso. Zeus, no entanto, para castigar tamanha arrogância, mandou uma mosca atormentar o cavalo alado até que este derrubasse o seu cavaleiro. Cego e coxo em decorrência da queda, Belerofonte acabou seus dias vagando sozinho pelo mundo na
mais completa miséria.
.........
O local onde Belerofonte matou a fera
fica na Turquia, à beira do Mediterrâneo, pertinho de um vilarejo chamado Çirali. Ali, bem no alto de um morro, o fogo eterno
da cabeça da Quimera ainda brota do
chão. As pessoas costumam subir até lá à
noite, quando as chamas são mais vistosas e a escuridão revitaliza a magia.
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A história pode ser bonita mas o programa é uma grande roubada. Ganhou cinco machadinhas do Guia
Michelíndio.
Esta é a praia de Çirali. Ao fundo, o monte da Quimera.
A trilha até o topo é íngreme e difícil. No escuro é pior, apesar do serviço de locação de lanternas ao pé do morro.
O fogo eterno: lá em cima existem várias fogueirinhas como essa.
Amiga.....não sei se pessoalmente o lugar é uma roubada, mas pelas fotos parece bem interessante.
ResponderExcluirA história então!! Boa mesmo!!!
Beijos!!!
E muitas saudades!!!!
Oi, Lídia
ResponderExcluirAs machadinhas do Michelíndio sempre dão motivo a controvérsias.
Mas definitivamemte não recomendo esse passeio às pessoas que tenham quebrado o pé nos três meses precedentes.
Bjks.