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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Fui.


Valeu, gente.
Obrigada pela companhia.
Estou indo nessa, mas o blog continua disponível para leitura. 
Beijo grande.
m.Jo

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Artroplastia Total de Quadril 4 - Cartas dos Leitores




"Meu nome é Cleide, tenho que fazer artroplastia de quadril, cheguei no estágio máximo de artrose.Tenho 45 anos, estou com muito medo, receio de ficar mancando, sem saber direito o que não poderei mais fazer, como ficará minha intimidade, enfim. Gostaria de compartilhar mais informações.Desde já agradeço.Parabéns pela iniciativa do blog"

Olá, Cleide.

Medo e insegurança é o que uma pessoa normal sente quando se vê na situação em que você se encontra, a de ter que fazer uma artroplastia de quadril com 45 anos de idade.
Também passei por isso. Para ser sincera, ainda sinto um frio na barriga quando imagino o que o futuro pode estar me reservando. E não estamos sozinhas nisso, como se pode ver pelos  muitos  depoimentos do blog. [ver aqui, aqui, ou aqui, entre outras possibilidades] 

Mas ... olhando o assunto pelo lado prático, é uma grande vantagem poder preparar e planejar a cirurgia, escolher um bom médico, um bom hospital, e organizar um esquema de apoio para o pós-operatório. É meio caminho andado para o sucesso.  Quem faz a cirurgia de emergência nem sempre tem essa chance.

As situações individuais variam mas,  no geral, o que se pode esperar de uma artroplastia de quadril  é uma melhora significativa na qualidade de vida. É parar de sentir dores, aumentar a mobilidade, adquirir maior amplitude de movimentos, caminhar normalmente, amarrar o sapato, calçar meias, cortar as unhas do pé, transar com desenvoltura. 

Temos de pensar que vai ficar melhor do que está, o que não significa necessariamente que vai ficar igual ao que já foi um dia, antes da artrose. O quanto vai ficar melhor, depende.

Em parte depende da habilidade e competência do médico cirurgião, da qualidade da prótese e dos materiais empregados na cirurgia. De um serviço bem feito. Taí a vantagem de um bom planejamento.  

E em parte depende da gente mesmo, do nosso empenho, paciência e disciplina no pós-operatório. E de uma boa assistência na fisioterapia.

Com isso, reduz-se a chance de dar zebra. Mas como existe ainda o acaso, a sorte, o imponderável, o destino, o carma,  ou seja lá qual o nome se queira dar, vale também  recorrer ao sobrenatural,  pedir reforços, conjurar energias positivas, torcer e rezar.

Um abraço, coragem, estamos por aqui.

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Verdade mesmo, estamos por aqui.
Apesar do recesso nas postagens novas, cartas e comentários costumam ser respondidos. 
O Blog não morreu!

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Atualização:
Este espaço está lotado. Novos comentários são bem vindos aqui

Artroplastia total de quadril 5 - Novos depoimentos






sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano novo de novo !


Na busca de informações sobre um problema de saúde bastante comum e pouco falado, muitas pessoas chegaram ao Seguindo Adiante neste ano de 2010.

Meio “comunidade”, meio “grupo de auto-ajuda”, compartilhamos dúvidas, inseguranças, expectativas e experiências envolvendo uma prática cirúrgica denominada Artroplastia Total de Quadril.

Foi de longe o assunto mais comentado.

Mas o blog tem também outras intenções. Melhor dizendo, eu tenho outras intenções para o blog, embora às vezes ele pareça ganhar vida própria. Autopsicografia, sabe como é? Vamos ver o que mais acontece daqui prá frente. Espero ser mais assídua.

Desejo a todos um Feliz Ano Novo. Com bons amigos e boas escolhas.

Beijos

m.Jo

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal


A todos os amigos do blog. A todos que passeiam por estas páginas. Aos companheiros de jornada.
Aos que entram para compartilhar experiências de vida, externar opiniões e reafirmar desejos de felicidade. 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fica prá depois


Fica para amanhã ou depois

Hugo Rebelo, em Cores em Tons de Cinza 
Hoje estou cansado,
Estou mesmo muito cansado.
Que me desculpes tu que esperas mais
Que me perdoes as ausências
Mas isto de acordar cansa.
Vou procurar roubar tempo ao tempo
E fazer-me utilidade
Vou deixar-me reabsorver
E roubar-me ao marasmo.

Bem, amanhã ou depois
Dir-te-ei alguma coisa,
Porque hoje nada me sai.

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Li há tempos esta poesia no blog Cores em Tons de Cinza.
Gostei, Ctrl+C, Ctrl+V, Guardei.
Às vezes me sinto bem assim. Como hoje. 

Tenho motivos para comemorar.
Tenho motivos para me entristecer.
Um aperto na garganta.
Amanhã conversamos. Ou depois. Ou não. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Deu Tilt


Deu tilt no meu computadaor. Não estou conseguindo postar comentários nem usar o botão esquerdo do mouse. Com certeza fiz alguma bobagem que agora não sei consertar. Está todo desconfigurado.

Este post só saiu graças a um netbook regra três.

Aceito sugestões.


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UFA!!!
Assunto resolvido.
assistência técnica familiar detectou o problema imediatamente.
Obrigada! 
 

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O idioma que nos separa



Outro dia li no Aerograma o seguinte comentário a um post:
"AHAHA. Acho que se fizesse isso ao meu puto estava tramado. Conforme o humor ao acordar, ou nem se dá aos conhecidos, ou dá bola a quem nunca viu na vida…apetites…
Um abraço."
É duro ser estrangeiro no seu próprio idioma.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Avaliação de aprendizagem




A Mari Ceratti, do Me convenceram de que eu precisava disso, teve a feliz idéia de montar um passo-a-passo para orientar a plebe ignara a agendar a publicação de um post.

Há muito tempo eu queria aprender isso, e já tinha tentado várias vezes, em vão.

Parece tão fácil, vou programar este post para sair no dia 9 de setembro, às 9 horas e 9 minutos  da manhã.

Vamos ver se aprendi ou se fico em recuperação.


sábado, 23 de maio de 2009

Narcisismo


domingo, 10 de maio de 2009

10.000


Ontem o blog registrou a marca de 10 mil visitantes, desde que o contador foi instalado.

Fiquei muito feliz.

Obrigada, gente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mundo de Alice


Quero respirar fundo e tomar fôlego para mais uma jornada.
Quero me iludir.
Enquanto espero, preencho o vazio com decretos, rascunhos, degraus, congestionamentos de trânsito, sorrisos cansados.
Faço de conta que não percebo o que vejo.
Paciência. Mais paciência.
Hoje não sei o que estou fazendo por aqui. Devo ter me perdido pelo caminho.
No mundo de Alice qualquer caminho serve.
Saio de casa, posso ir à direita ou à esquerda. Ou posso ir em frente, tanto faz. E para qualquer escolha, logo existem outras, e outras, e outras.
E todas dão igualmente na mesma venda, que já não há.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mal cheguei, e já tenho do que reclamar

Estou de volta.
Cheguei na sexta-feira: Trabalho.
Sábado: Mais trabalho. Intervalo para o último capítulo da novela, que não rolou. (Não foi só o F. da Casa de Luanda que ficou decepcionado.)
Domingo: Mais trabalho. Pausa para o almoço na Ilha.
Segunda: Trabalho. Pausa depois do almoço para dar vazão ao vício que adquiri recentemente (visitar os blogs de que gosto mais).
Estou realmente sem tempo, mas não posso deixar de reclamar:

GENTE!!!

QUE VAMBORISMO É ESSE?

VOCÊS VÃO DESPOVOAR A BLOGSFERA ANGOLANA!!!

VAMOS PARAR COM ISSO!!!!

Primeiro foi o Greg, depois o X, depois a Migas, depois a Casa de Luanda inteira. E a Branquela tá indo também. E o João Paulo do "Em Angola". E o Mask e a Patalógica do "Num Lugar L". E o Spíndola-Blog. E tem mais, é só fazer um levantamento ou apelar prá memória recente.

Alguém tem que fazer alguma coisa antes que seja tarde.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Prêmio Dardos


Fiquei muito honrada e envaidecida por ter sido indicada para o selo Dardos pelos blogs Diário da África, Em Angola e Angola em Fotos .
Agradeço muito. Vindo de quem vem, o prêmio tem sabor especial, já que meus "padrinhos" desenvolvem trabalhos de alta qualidade.

"Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Este prémio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos."

Minhas indicações ao Selo Dardos pertencem a blogs que visito com frequência e há muito fazem parte dos meus favoritos:

- Sobre Angola:

- Sobre outros temas:

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ei, você aí de casa!

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando...



Prá quem fica, tchau. Feliz Natal, feliz 2009 e até a volta.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Blogues


Conheço 30 blogues que falam de Angola. Desses, 10 estão listados na coluna aqui do lado. Não coloquei os outros 20 por preguiça, falta de tempo, e porque alguns estão sem postagens há meses. Mas volta e meia faço uma visitinha.

Hoje, lendo a revista que sai junto de "O País", vi uma referência a um site de tirar o chapéu. É o site da semana: Blogs que falam de Angola. Uma espécie de catálogo de blogs. Com os links e os últimos posts de cada um. Até agora são 130. Só 100 a mais. Um trabalho de fôlego!

Quem quiser ler alguma coisa sobre Angola, agora já sabe onde começar a pesquisa.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

365 vinte e quatro horas

Quando comecei a escrever este Blog relacionei os assuntos que estavam em pauta na minha vida e, provavelmente, apareceriam com mais freqüência.
Entre eles, a experiência anti-tabagista.
Cinco meses e meio depois, ainda não falei disso por aqui. Mas falo agora: Hoje faz um ano que estou sem fumar.
Tenho participado de um grupo virtual de fumantes anônimos . O grupo é formado por pessoas que estão tentando parar de fumar, estão parando, estão parados ou estão pensando no assunto. Todo mundo no mesmo barco, ou na mesma trilha. Por isso não escrevo sobre isso neste blog. O que tinha para escrever, escrevo lá. E tem funcionado muito bem.
Mas hoje é dia de fazer festa. Estou muito feliz por essa conquista.


O Google imagens registra 23.200 ocorrências para ‘fumantes’ , e apenas 1.610 ocorrências para ‘não fumantes’. Sete por cento. Deve significar alguma coisa.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Salvador Correia de Sá e Benevides

O restaurador de Angola: em 1648 D. João IV o encarregou de arrancar Angola ao poder dos holandeses. Descendia da gloriosa família de Mem de Sá e de Estácio de Sá, os fundadores da cidade do Rio de Janeiro.

A importância de Angola era extrema, porque era dali que se fornecia o Brasil de escravos pretos indispensáveis para a cultura das suas terras. A empresa de a reconquistar era tanto mais difícil, quanto pela situação extravagante em que nos achávamos com os holandeses, nossos aliados na Europa, era indispensável que Salvador Correia encontrasse meio de tomar Angola, sem que parecesse que fora ele que tomara a ofensiva, para se não considerarem rotas as pazes com a Holanda. Salvador Correia chegou ao Rio de Janeiro, e apelando para o patriotismo e até para os interesses próprios dos homens abastados, interesse que a perda desse reino prejudicava altamente, despendendo também com liberalidade os seus próprios dinheiros, conseguiu juntar 15 navios, 4 dos quais foram comprados à sua custa, e levando neles 900 homens de desembarque, partiu no dia 12 de Maio para Angola. Nunca empresa tão importante fora intentada com tão pequenas forças. O fim aparente da expedição era edificar um forte na enseada de Quicombo, afim de estabelecer comunicações com os portugueses, que desde a perda de Angola se tinham refugiado em Massangano. Chegou a Quicombo, mas, tomando pretexto de hostilidades que os holandeses faziam aos restos da antiga guarnição portuguesa declarou que era isto uma quebra flagrante da paz, que o autorizava a pedir-lhes uma satisfação. Dirigiu-se para Luanda, tendo já perdido um navio por causa dum rombo no porão, e apenas chegou à capital da província, participou aos holandeses os motivos da sua vinda, as suas razões de queixa, declarando-lhes que, logo que eles não respeitavam a paz estabelecida, também ele se não julgava obrigado a deixar de a infringir, e portanto que exigia que eles se entregassem. Surpreendidos os holandeses com esta audácia, avaliaram em maior do que era o poder dos assaltantes, e pediram 8 dias para tomarem uma decisão. O fim evidente era reunirem as tropas que andavam pelo campo, e Salvador Correia, percebendo-o, apenas lhes concedeu dois dias. No fim do prazo marcado. desembarcou em chalupas 650 soldados e 250 marinheiros, deixando 180 nos navios com muitas figuras pelas enxárcias e pelas amuradas, para que de longe se julgasse muito mais numerosa a tripulação dos navios. Os holandeses, repelidos de todos os pontos exteriores, refugiaram-se na fortaleza do Morro de S. Miguel e no forte de Nossa Senhora da Guia, tendo abandonado tanto à pressa o fortim de Santo António, que nem tiveram tempo de encravar mais do que duas peças das oito que o fortim possuía. Aproveitou-as Salvador Correia, e juntando-as, a quatro meios canhões que mandou desembarcar, formou uma bateria que principiou a bombardear a fortaleza, causando pouco dano, mas produzindo grande terror aos holandeses, assombrados da rapidez com que a bateria se assentara. Viu, porém, Salvador Correia que seria demorado o êxito da bateria, a apertado pela necessidade de impedir que os holandeses fossem reforçados, mandou no dia seguinte, 15 de Agosto de 1648, dar assalto às duas fortalezas ocupadas pelo inimigo. A temeridade era incrível e seria indesculpável, se não fosse a situação perigosa em que Salvador Correia se via. Tinha apenas 900 homens e ia assaltar duas fortalezas, onde a artilharia quase nem tinha aberto brecha e guarnecidas por 1.200 soldados europeus e outros tantos negros. Por isso o assalto deu resultados terríveis. Depois duma escalada audaciosa em que os assaltantes foram repelidos, Salvador Correia mandou recolher as forças, e viu que perdera 163 soldados mortos e 160 feridos. Tinha por conseguinte fora do combate mais da terça parte do seu exército. Salvador Correia, sombrio mas resoluto, ia fazer uma segunda tentativa, quando com grande surpresa, viu aparecer um parlamentário, que vinha propor uma capitulação, o que Salvador Correia resolveu aceitar, receando o resultado de um novo assalto, em vista das perdas enormes que já sofrera. A capitulação foi concedida com todas as honras, facilitando-lhes logo a amnistia que eles pediram para os seus partidários, e assinada a capitulação viu-se o caso estranho de saírem rendidos de duas fortalezas, onde nem quase havia brecha, 1.100 homens e passarem, diante de menos de 600, que a essa força estava reduzida, depois do primeiro assalto, o exército sitiador. Havia já 5 dias que Salvador Correia tomara posse das fortalezas, quando apareceu na cidade, vindo do sertão um corpo de 250 homens acompanhados por mais de 2.000 negros, súbditos da rainha Ginga. Bem desejariam eles romper a capitulação, mas Salvador Correia tomara as suas precauções, fazendo logo embarcar em três navios a guarnição holandesa da cidade; de sorte que os recém chegados, vendo-se sós, capitularam também. Os negros da rainha Ginga é que não quiseram sujeitar-se, e arrojaram os maiores impropérios aos holandeses, por eles os desampararem. A guarnição de Benguela rendeu se a dois navios portugueses sem disparar um tiro, e a da ilha do S. Tomé, apenas soube que Luanda se rendera, partiu desamparando a ilha, deixando a artilharia e munições, de forma que os navios que Salvador Correia enviara para procurarem apoderar-se dessa nossa antiga e importante colónia, encontraram já a bandeira portuguesa arvorada nos fortes. Assim desampararam os holandeses também as suas feitorias de Benguela-a-Velha, de Leango e da Pinda, de forma que em dois meses tinham voltado ao domínio português. Angola e S. Tomé. A vitória quase miraculosa de Salvador Correia deixou de si lembrança tão viva na memória dos povos, que ainda em 1812 se celebrava em Luanda uma festa em acção de graças no dia 15 de Agosto pela vitória alcançada nesse dia por Salvador Correia. Expulsos os holandeses, tinha ainda de subjugar e punir os negros que haviam seguido o seu partido. Os principais eram os súbditos da rainha Ginga, e Salvador Correia, dispondo de poucas forças, alistou ao seu exército muitos franceses, que faziam parte da guarnição holandesa e que tinham ficado em Angola. O comando foi confiado a Bartolomeu de Vasconcelos, que facilmente subjugou os negros dissidentes, vendo-se a rainha Ginga forçada a pedir a paz, por se convencer que nada podia contra os portugueses. No entretanto Salvador Correia dava grande impulso às suas medidas administrativas, favorecendo o desenvolvimento de Luanda, onde se demorou até 1651, ano em que tornou a partir para o Rio de Janeiro, deixando por seu sucessor Rodrigo de Miranda Henriques.
Fonte: http://www.arqnet.pt/dicionario/sasalvadorc2.html

Ele não tinha Blog mas jogava bem. Até que um dia alguém pagou prá ver.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dando um tempo

Quando me convidaram para trabalhar em Angola, achei bastante curioso esse negócio de viagens prá casa a cada 2 ou 3 meses. Hoje entendo perfeitamente, é um tempo destinado à reciclagem, indispensável para a saúde. Vou aproveitar o meu para:

1 - Recompor a cesta básica de afetos. Quero muitos abraços. Como alguém pode ser feliz sem receber pelo menos um abraço por dia? É como ficar sem respirar, só dá prá aguentar pouco tempo. Quero muitos carinhos.

2 - Respirar ar puro! Quero dizer ar sem poeira. Ou pelo menos ar com pouca poeira. E sem nenhum aparelho de ar condicionado por perto!!! Minha tosse crônica se alivia, a diferença é notável.

3 - Admirar um céu azul, com sol brilhando.

4 - Passear. Andar até a banca para comprar um jornal. Tomar um sorvete na padaria. Pegar um táxi. Abrir o vidro do carro. Ir ao cinema assistir a um bom filme. Com direito a pipoca e guaraná.

5 - Ir ao cabeleireiro. Cortar o cabelo, pintar, hidratar, fazer as unhas. Mão e pé.

6 - Ir ao ortodontista. Tratamento em curso.

7 - Ir ao médico. Andei visitando hospitais angolanos, péssima experiência. Guardarei para o resto da vida a Sagrada Esperança de nunca mais precisar voltar por lá. Agora tenho que tentar reparar os estragos causados.

8 - Fazer umas comprinhas, claro. Utilidades, presentinhos, cosméticos, higiene pessoal. Talvez uma roupinha nova. Livros, com certeza.

9 - Procurar uma costureira. Emagreci bastante, as calças compridas precisam de ajuste.

10 - Relaxar, poder me desarmar, sentir-me novamente em casa.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Com olhos de ver


Nos últimos tempos, não tenho feito nada na vida além de buscar aprender coisas sobre Angola e compreender a alma de seu povo. É um misto de projeto pessoal e necessidade profissional. Obviamente existem algumas áreas de concentração prioritárias, onde minha atenção está mais focada, que precisam ser mapeadas com rigor e critério. Mas o meu interesse vai bem mais além. Estou tentando estabelecer sinapses. Acredito que os contextos econômicos, financeiros e políticos são indissociáveis dos contextos históricos, culturais e sociais. Ou vice-versa, versa-vice, em qualquer ordem que se coloquem quaisquer desses termos.
O meu método empírico/idiossincrático de pesquisa inclui conversas, leitura de jornais [principalmente o Jornal de Angola e seu contraponto, o Folha 8] e visitas periódicas a blogs alheios. E tenho aprendido muita coisa sobre Angola nesses blogs. Despertam minha atenção para aspectos que eu não tinha notado, mostram novos ângulos de percepção, reforçam ou contestam opiniões, informam.
E foi xeretando por aí que fui parar num blog fantástico, o Angola em Fotos, de onde copiei a foto deste post. Já está nos meus favoritos. São imagens que valem por mil palavras. Imagens feitas com olhos de ver.