
Um rapaz foi fazer uma viagem e no caminho encontrou uma cabeça humana.
As pessoas costumavam passar por ela sem fazer caso, mas o rapaz não procedeu assim.
Aproximou-se, bateu-lhe com um pau e disse:
- Deves a morte à tua estupidez.
O crânio respondeu:
- A estupidez me matou, a tua esperteza também o matará.
O rapaz aterrorizou-se tanto que, em vez de prosseguir, voltou para casa.
Quando chegou, contou o que se passara. Ninguém acreditou:
- Estás a mentir! Já temos passado pelo mesmo lugar sem nada ouvirmos dessa tal cabeça.
- Como é que ela te falou?
- Então vocês não acreditam? Vamos lá e se quando eu bater na bater na tal cabeça, ela não falar, cortai a minha.
Todos partiram e, no sítio referido, o rapaz bateu na cabeça e repetiu:
- A estupidez é que te causou a morte.
Ninguém respondeu.
As palavras são pronunciadas outra vez e como o silêncio continuasse os companheiros gritaram:
- Mentiste! - e degolaram-no.
Imediatamente o crânio falou:
- A estupidez fez-me morrer e a esperteza matou-te.
O povo compreendeu então a injustiça que cometera, mas é que espertos e estúpidos são todos iguais.
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Extraído do livro
Contos Populares de Angola - Folclore Quimbundo
Organizados por J. Viale Moutinho
São Paulo, Landy Editora, 2006
O rapaz aterrorizou-se tanto que, em vez de prosseguir, ""votou"" para casa.
ResponderExcluirAinda te sentis estrangeira na tua suposta lingua!!!
Caro TIC
ResponderExcluir1 - Obrigada pelo aviso, já consertei.
2 - Sobre me sentir estrangeira no meu idioma, é verdade. Na escola onde estudei, por exemplo, o presente do indicativo do verbo "sentir" conjuga-se eu sinto - TU SENTES - ele sente - nós sentimos - VÓS SENTIS- eles sentem.
Curioso, não?
kii bestaaaa
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