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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Coisas para se fazer em Darjeeling e arredores

1 - Sacolejar de jardineira com as malas amarradas no teto


2 - Distrair-se com os macaquinhos que aparecem pelo caminho.

3 - Fazer uma visita ao mosteiro budista Yiga Choling (Ghoom Monastery), construído em 1875 e rodar todas as rodas de oração (sempre no sentido horário!!!)



4 - Sucumbir ao assédio das vendedoras e comprar lindas pashiminas “real fake”.


5 - Andar de Maria Fumaça entre Darjeeling e Ghoom, na Darjeeling Himalayan Railway. O trem tem a bitola mais estreita que já vi, e foi considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO. Esse programa, para quem já andou de Maria Fumaça alguma vez na vida, pode ganhar um machadinho no Michelíndio.



6 - Visitar o Centro de Ajuda a Refugiados Tibetanos para comprar artesanatos





7 - Visitar o museu do Himalayan Mountaineering Institute para ver com seus próprios olhos os equipamentos usados por Tenzing Norgay e Edmund Hillary em 1953, quando foram os primeiros a pisar no topo do monte Everest. É inacreditável, tecnologia zero. É preciso ver para crer.



8 - Ir ao no jardim zoológico para conhecer o panda vermelho, animal símbolo da região, e que só existe por aqui.



9 - Tomar chá. E tomar todas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Contatos Imediatos de Terceiro Grau

Sinopse: um bando de gente (eu inclusive), vinda de todas as partes do mundo, pula da cama às três e meia da madrugada, no maior frio, para pegar um jipe, subir um morro e garantir um lugar de observação privilegiado. Alguma coisa está prestes a acontecer, mas ninguém sabe muito bem do que se trata. Na verdade, essa coisa pode ou não acontecer, daí a expectativa generalizada.

O morro se chama “Tiger Hill”, fica a 11 km ao sul de Darjeeling. O evento esperado é o nascer do sol e a possibilidade de avistar e receber as bênçãos auspiciosas do Kangchendzonga, a montanha mais alta da Índia e a terceira maior do mundo, com 8.598 metros.

Não foi ainda nesse dia que ela apareceu para mim. Fez jogo duro. Estávamos fora da estação. Tive que esperar pacientemente o dia do vôo entre Paro, no Butão e Katmandu, quando lavei a alma. Kanchendzonga e Everest, os dois, bem ali, em toda sua glória, ao alcance do clic da minha máquina.


Me senti no próprio set de filmagem de "Contatos Imediatos"

Todo mundo de arma (câmera) em punho. Só faltou o Spielberg.

Tinha até sala VIP.

Quando o sol apareceu houve festa, mas o dia estava nublado.

O programa ganhou duas machadinhas no Guia Michelíndio.

Em compensação, taí a Kangchendzonga, clicada do avião entre Paro e Katmandu, vôo cinco estrelas.

Com direio ao Everest também. Privilégio de quem se senta na janela do lado direito.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Gorkhaland

O norte do estado indiano de Bengala Ocidental, em pleno Himalaia, é habitado por uma população budista de origem nepalesa.

A porta de entrada da região é o aeroporto de Bagdogra, a 2.200 m de altitude, perto da cidade de Siliguri.

É a terra do chá. Do melhor chá do mundo, dizem experts no assunto: o chá de Darjeeling. Toda a economia do lugar gravita em torno das plantações de chá, 100% orgânico, colhido artesanalmente três vezes por ano.

Para quem chega da calorenta e poluída Delhi, a impressão é de ter entrado em um universo paralelo. A viagem de Bagdogra a Darjeeling é, no mínimo, surreal. A paisagem, lindíssima. Morro de um lado, pirambeira de outro. Os motoristas que trafegam pela estradinha sinuosa e estreita parecem nunca ter considerado seriamente a crendice globalizada de que dois corpos não podem ocupar simultaneamente o mesmo lugar no espaço. Tiram de letra. Deve ser por obra do Buda.

 
A estrada é muito estreita

Mas o espírito de cooperação é grande.

Quase não dá para acreditar, mas passam todos. Questão de boa vontade. 

Existem florestas ainda nativas.

Pequenas vilas entre as plantações de chá

A colheita é artesanal. A vida é dura para os trabalhadores do chá

Durante o trajeto, a atenção do visitante é despertada para as inscrições em inglês em cartazes, placas e muros reivindicando a criação de “Gorkhaland”. Trata-se de um movimento separatista que pretende desvincular a região do chá do estado de Bengala Ocidental, cuja capital é Calcutá, para formar um novo estado, com autonomia política, administrativa e financeira, com capital em Darjeeling. Por enquanto é apenas um propósito, mas tem integral apoio da população.

Gorkhas, ou gurkhas, são guerreiros nepaleses famosos por sua coragem, força e resistência física. As forças armadas indianas e britânicas possuem regimentos "gurkhas".  São extremamente hábeis no uso de uma faca de lâmina curva, especialmente concebida para cortar jugulares.

Dá para ver as facas gurkas no canto inferior esquerdo do cartaz.