quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pit stop em Zigana



Saindo do mosteiro Sumela até  Erzincan, onde deveríamos pernoitar, são uns 200 km de serra. O percurso é lindo, mas existem muitos trechos em obras. Às vezes a estrada fecha, esperando explodirem alguma pedreira, ou por segurança mesmo, em vista dos deslizamentos supervenientes.  
Quero dizer com isso que situações inesperadas sempre acontecem, mesmo quando fazemos as coisas “by the book”.  Quando não fazemos....

Por motivos de desordem operacional ficamos sem gasolina. Deveríamos ter abastecido em Maçka, antes de chegar ao monastério e deixamos para depois. Subimos os 15 km da estradinha que leva ao mosteiro com o tanque já na reserva, com luzinha acesa. Na descida, de volta a Maçka,  ups! Passou.  No próximo posto a gente pára.

O próximo posto - descobrimos depois - ficava em Torul, a 53 km de Maçka.  E considerando os 30 km percorridos entre Maçka e o mosteiro, ida e volta,  seriam 83 km rodando só no cheiro. Nem mesmo um Jetta-quase-novo seria capaz dessa façanha.

Paramos em Zigana, um lugarzinho beira de estrada, para resolver o que fazer.
Primeiro o mais urgente: um WC.  Me indicaram um estabelecimento todo tapetado, cheio de kilins, onde tive que tirar os sapatos para entrar. Nunca tinha visto nada igual antes. Nem parecido.



Um problema imediato a ser resolvido: Porta da direita ou da esquerda? Nesse dia aprendi que  em turco eu sou “bayan”.




Fomos carinhosamente acolhidos no restaurante, enquanto alguém providenciava um suprimento de gasolina que nos levasse até o próximo posto.  Mais tarde ficamos sabendo tratar-se de um local muito conceituado pela excelência da sua tradicional culinária turca.   Por ignorância, ficamos só no chá.




Não guardei o nome do restaurante, mas fica fácil de achar com esse fusca pendurado na porta.



No fim tudo se resolveu. Sei que generalizações são perigosas, mas os turcos se mostraram simpáticos, solidários e cooperativos durante toda a viagem. Como nenhum outro povo que eu conheça. A partir desse momento decidi que mais ninguém falará mal deles perto de mim.  Never more.




2 comentários:

  1. mudei completamente de idéia sobre a expressão
    "banheiro turco"... a tapeçaria é o máximo!
    bjs

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  2. E para quem ia ao banheiro, uma delicadeza estava reservada atrás da porta: vários pares de croc, para ninguém correr o risco de molhar as meias.
    Existem banheiros e banheiros, turcos ou não.
    Bjks.

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