Um PAC com Dilma 
de 
Miguezim de Princesa, paraibano e poeta cordelista radicado em Brasília.
Quando vi Dilma Roussef 
Sair na televisão 
Com o rosto renovado 
Após uma operação, 
Senti que o poder transforma: 
Avestruz vira pavão. 
De repente ela virou 
Namorada do Brasil: 
Os políticos, quando a vêem, 
Começam a soltar psiu, 
Pensando em 2010 
E nos bilhões que ela pariu.
A mulher, que era emburrada, 
Anda agora sorridente, 
Acenando para o povo, 
Alegre, mostrando o dente, 
E os baba-ovos gritando: 
É Dilma pra presidente! 
Mas eu sei que o olho grande 
É na montanha de bilhões 
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições 
E mandou Dilma gastar, 
Sobretudo nos grotões.
Senadores garanhões,
Sedutores de donzelas, 
E deputados gulosos, 
Caçadores de gazelas, 
Enjoaram das modelos, 
Só querem casar com ela. 
Eu também quero uma lasquinha
Uma filepa de poder 
Quero olhar nos olhos dela 
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela 
Mulher nenhuma há de ser. 
Eu já vi um deputado 
Dizendo no Cariri 
Que Dilma é linda e charmosa,
Igual não existe aqui, 
E é capaz de ser mais bela
Que Angelina Jolie. 
Dilma pisa devagar 
Com seu jeito angelical,
Nunca deu grito em ninguém 
Nem fez assédio moral 
Ou correu atrás de gente 
Com um pedaço de pau. 
Dilma superpoderosa: 
8 bilhões pra gastar 
Do jeito que ela quiser, 
Da forma que ela mandar, 
Sem contar com o milhão 
Do cofre do Adhemar 
Estou com ela e não abro: 
Viro abridor de cancela, 
Topo matar jararaca, 
Apagar fogo na goela, 
Para no ano vindouro 
Fazer um PAC com ela.
 
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