Este mundo está cheio de gente inocente, de boa vontade. Gente que bota fé na natureza positiva do ser humano e tem por princípio de vida acreditar no próximo. São pessoas de bem, coração largo e genes de pato.
E tem gente que se aproveita dessa credulidade toda para tirar proveito e descolar um.
Meu amigo Eduardo faz parte da primeira categoria.
Na sexta-feira foi abordado nas proximidades do cartório da 505 sul por um sujeito alto, negro, bem vestido que, num inglês perfeito, pediu que lhe arranjasse algum dinheiro.
Meu amigo não fala inglês, mas conseguiu entender que o cara morava em São Paulo, estava em Brasilia a negócios, e tinha perdido a carteira, documentos, cartões de crédito e tudo o mais. Precisava de ajuda para chegar até o aeroporto e “inteirar” uma passagem aérea de volta. Coisa pouca, cerca R$ 170,00.
Edu não dispunha dessa grana toda mas fez o que pode: entrou com vintão. E foi embora, depois de trocar telefones, feliz com a boa ação praticada, carregando a promessa de pronto reembolso. Afinal, “dinheiro não era problema”, como disse e repetiu o desconhecido.
Chegou lá em casa e me contou a história. “Será que caí num golpe?” perguntou. Que dúvida! Minutos depois seu telefone tocou. Era o gringo, eu atendi. Pediu que ligasse de volta, naquele mesmo número. Além de economizar na conta do celular, queria ainda mais dinheiro. Disse que agora só faltavam R$ 100,00.
É muito abuso, claro. Mas ainda acho melhor ser pato do que cínico.
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