Cheguei a dois dias e nem tive tempo de desarrumar a mala direito. Foi só abrir a porta e dar de cara com uma renca de probleminhas e situações chatas, dessas que desafiam o bom humor, tomam tempo e precisam de atenção imediata:
- o celular que desconfigurou;
- a declaração de imposto de renda que caiu na malha fina;
- multa por excesso de velocidade aos 51 km/hora;
- enguiços na reunião de condomínio a que faltei;
- a amiga que não dá notícias e continua desaparecida no triângulo das Bermudas;
- o resgate automático que não funcionou e fez minha conta bancária entrar no vermelho;
- geladeira vazia e supermercado cheio.
E o Fluminense acaba de ser eliminado da Libertadores.
De repente fiquei desacostumada. Deu vontade de dar meia volta e trancar a porta por fora de novo.
Como ainda estou com a veia poética aflorada, me baixou o espírito do Álvaro de Campos:
Volta amanhã, realidade!
Basta por hoje, gentes!
Adia-te, presente absoluto!
Mais vale não ser que ser assim.
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Mas tenho que arrumar a mala.
Tenho por força que arrumar a mala.
A mala.
Vou organizar as fotos da viagem.
Pelo menos você está olhando os imprevistos pelos ângulos do humor e da poesia...
ResponderExcluirTentando, Olímpia.
ResponderExcluirUm beijo.