Outro dia li no Aerograma o seguinte comentário a um post:
"AHAHA. Acho que se fizesse isso ao meu puto estava tramado. Conforme o humor ao acordar, ou nem se dá aos conhecidos, ou dá bola a quem nunca viu na vida…apetites…É duro ser estrangeiro no seu próprio idioma.
Um abraço."
O mundo é pequeno.
ResponderExcluirFui eu que fiz esse comentário. Não percebi o "É duro ser estrangeiro no seu próprio idioma". Sinceramente...
Um abraço.
Meu caro G,
ResponderExcluirAlguém já disse por aqui que "o idioma que nos une é o mesmo que nos separa". Taí o exemplo.
Você comenta um post do Aerograma, eu leio e não percebo o que você quis dizer. Eu comento o seu comentário e você também não percebe a razão do meu estranhamento. Supostamente, falamos ambos o mesmo idioma.
Podemos tentar o inglês, para ver se melhoram as chances de entendimento recíproco.
Who knows? May be... Hope so!
Sincerely yours
m.Jo
Acho que percebi. Quer que explique o meu comentário no Aerograma?
ResponderExcluirAs palavras, as palavras...
ResponderExcluirNuma versão da língua unem-nos e na outra separam-nos completamente.
Um colega meu, brasileiro, ainda fica chocado com os troços, os cacetes, os putos e as bichas com que os portugueses vão recheando o seu discurso.
Outras vezes fazemos todos um esforço para perceber como determinadas palavras ganharam ou perderam significados ou a maravilha que são as expressões idiomáticas que só os nativos entendem.
Porque raio dizem os portugueses que "não percebem" quando o que querem mesmo dizer é "que não entendem"?
E mais haveria para falar, mas tem muito mais piada ir descobrindo aos poucos.
Felizmente que a língua é suficientemente rica para que reserve sempre algum mistério.
G,
ResponderExcluirAdoraria ler uma tradução feita por você, do português para o português.
Afonso,
Não se esqueça das raparigas! As brasileiras não seriam como tal consideradas em Portugal, e vice-versa.
Qualquer dia escrevo mais sobre esse assunto. É mesmo fascinante.
Beijos aos dois
Boas.
ResponderExcluirO post do Aerograma falava sobre uma situação em que a mãe de uma menina usava o Afonso como pretenso "bicho papão". Que se a menina continuasse com birra, ficaria com o Afonso, e não voltaria a casa com a mãe.
Para esta menina em questão, funcionou. Para um dos meus filhos, já dependeria do humor dele ao acordar. Há dias em que ele acorda e nem com os familiares ele fala, e outros há, em que fala com conhecidos, desconhecidos e com quem mais lhe aparecer à frente. E quem diz falar, diz passear, brincar...
Por falar em cacete...No outro dia fui à padaria,e quem me atendeu foi uma menina brasileira. Enquanto esperava que o pão saísse do forno, conversei com ela sobre as diferenças na língua, principalmente em palavras "inocentes". Disse-lhe que se ela não tivesse cuidado ao voltar para o Brasil, ainda seria vista como uma menina de má fama com conversas do tipo : "Gosto de comer cacete. Como dois cacetes à refeição. Gosto de pôr o cacete no forno.", etc.
Voltando ao comentário no Aerograma, é engraçado...Você não percebeu o que eu quis dizer no Aerograma, e eu entendi este seu post como sendo um exemplo de um erro de português. Erro esse que procurei e não encontrei...Afinal não era nada disso.
"Puto", "nem se dá", provavelmente (de certeza) têm significados diferentes em PT e BR. "Tramado", nem sei se vocês usam.
Um abraço.
p.s.-Espero agora ter escrito em Português universal.
e no entanto os poetas dizem
ResponderExcluir"minha língua é minha pátria
Às vezes, tenho que fazer alguma ginástica para perceber algumas notícias que leio nos jornais brasileiros.
ResponderExcluirA última foi: "homem que fez um gato...".
G,
ResponderExcluirobrigada pela explicação em português universal. Será que os falantes de espanhol também sofrem como nós?
Amilcar,
Posso assegurar que não se trata de nenhuma maravilha da engenharia genética. "Fazer um gato" é fazer uma ligação clandestina de algum tipo (eletricidade, água, esgoto, TV a cabo e assemelhados). Tem muita gente fazendo gato por aqui.
<:)>
<:D>