quinta-feira, 14 de maio de 2009

O pau da cobra

Ninguém sabe ao certo se era venenosa ou não. Nem o tamanho exato. Mas que era “enorme” todo mundo concorda. Prá mais de dois metros, segundo alguns, prá mais de cinco, dizem outros.
Morava numa árvore na Alameda Manuel Van-Dunem, pertinho do largo do Zé Pirão. Bem em cima do ponto de taxi.
Já há tempos as pessoas davam notícia de que, naquela árvore, habitava uma cobra enorme. Mas ninguém se importava, ninguém acreditava que pudesse ser mesmo verdade.
Um dia a cobra cansou-se de estar em casa, resolveu dar um passeio. Hora do rush, o ponto de táxi cheio. Susto geral, correrias, só não houve atropelamentos por causa do engarrafamento de rotina.
A cobra nunca mais foi vista.
O ponto de táxi foi mudado para outro lugar.
A árvore, até hoje, é conhecida como o pau da cobra.



Não matei a cobra, mas mostro o pau.

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