Passo por lá todo dia. Uma construção enorme, cheia de gruas e de chineses. O portão de serviço tem letreiros em três idiomas, com ilustrações para evitar mal entendidos. Qualquer dia tiro uma foto para mostrar. Rola por lá bwé de kumbú.
(muita grana mesmo)Nesta semana puseram a placa: Hotel & Cassino. CASSINO!!!
Tudo o que Angola não precisa. Nem merece.
Tudo em grande e bem moderno.
ResponderExcluirUm dos ideólogos do MPLA, da luta anticolonial (LUCIO LARA), tinha uma máxima que está colada na pele dos angolanos.
Logo que os portugueses, com o 25 de Abril e com o tiroteio começaram a debandar em 1974, dizia L.Lara, que,
" agora sim, vamos fazer uma Angola à nossa maneira".
Oi, anônimo. Obrigada pela visita. Mas fico pensando com meus botões se era exatamente isso o que o Lucio Lara tinha em mente...
ResponderExcluirSou o anónimo, agora já não sei com (^) ou com (´).
ResponderExcluirTodos os Lúcios Laras, que eram bastantes em Angola, nunca condenaram o colonialismo em si, condenavam sim o colono português, (atrasado, analfabeto, de um país ultrapassado etc.), que não deixava desenvolver Angola, aliás esse discurso tambem se ouve ainda no próprio Brasil em certas franjas de brasileiros, e como tal que eles, Angolanos, iam fazer uma Angola especial etc. etc.
Evidentemente que os angolanos acabaram por ser tambem vítimas da internacionalização da guerra que esses Lúcios Laras atraíram.
Não quero classificar aqui os angolanos pelo seu estágio de desenvolvimento intelectual, mas os diversos Lucios Laras de "boas intenções" já encheram vários infernos. (De boas intenções está o inferno cheio)
Para comparação do que vai ser Luanda:
Ao contrário do Rio de Janeiro, que é um enorme paraíso salpicado de algumas favelas, Luanda vai ser uma enorme favela salpicada de alguns paraísos.
Os velhos sobas de Angola que com as suas mulheres e prole cultivavam mandioca, milho e pastoreavam o seu gado, e pagavam imposto a um governo colonial, viviam com mais dignidade e realização humana, do que os generais e ministros, que mandaram semear naqueles campos minas e granadas anti pessoal, e que teem as suas esposas e prole nas capitais europeias.
Gosto dos blogues de brasileiros, descomplexados no que diz respeito a África lusófona.