terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ilha de Luanda

Aqui acontecem umas coisas que, contando, ninguém acredita. Tem que fotografar. E hoje fiz umas fotos da Ilha de Luanda.
Não é exatamente uma ilha, mas já foi. Agora está ligada ao continente por um aterro, e é onde se concentram metade dos bares, restaurantes e boates da cidade. É o point do lazer, dia e noite. Uma tripinha, comprida e fina, circundando a baía de Luanda. Tem uns 10 kilômetros de extensão (estou chutando), uma pista prá ir, outra prá voltar.



Com esse perfil, e como em Luanda não tem lei seca, a ilha era um dos lugares onde mais ocorriam acidentes de trânsito. As pessoas saiam pro desbunde, tomavam umas e outras e na volta... pum! Enfiavam o carro no poste.
Até que as autoridades locais resolveram tomar uma providência e puseram uns blocos de concreto enoooormes separando as pistas de ida e volta.


Com um detalhe maquiavélico: protegendo os postes na volta da balada.
O sujeito pode beber o quanto quiser, com toda tranqüilidade. Não vai ter polícia, nem bafômetro, nem redutor de velocidade. E ninguém mais precisa se preocupar com a integridade dos postes. Problema resolvido.


3 comentários:

  1. Esta ilha parece ótima!
    Desde que você foi morar aí, fiquei mais interessada em Angola.
    Ficou assim, mais personalizado.
    Ontem mesmo vi no jornal que aí é um paraíso fiscal.
    Deveras?
    bjs

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  2. Hummm....
    Eu diria que está mais para paraíso dos fiscais. Aqui tem fiscal prá tudo, até prá averbar ticket de supermercado na porta de saída.
    E tem uns impostos curiosos, se é que algum imposto pode ser curioso. As peças de artesanato, p. ex, pagam 50 kwanzas per capita de imposto de exportação. Mesmo se forem carregadas na bagagem de viajantes. E o detalhe: precisam ser seladas, e para isso devem ser lavadas de corpo presente ao ministério de tutela. Independentemente do tamanho e da quantidade.
    Que jornal foi esse?

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  3. Sempre um prazer ler o seu blogue/blog.

    A Ilha do Cabo, mais conhecida como Ilha de Luanda, nunca foi bem uma ilha.

    Está mais para um istmo, devido à quase permanente ligação à Marginal de Luanda, completando - nos seus 5 kilómetros de língua de terra que se adentra ao mar -, a metade esquerda da meia lua em forma de ferradura que compõe com a marginal.

    Durante muitos séculos antes e até depois da chegado dos colonos portugueses a Ilha de Luanda era o banco central do reino do Congo, recolhendo-se exclusivamente das suas areias revoltas uma pequena concha de nome Zimbo, ou N'zimbo, que era a moeda oficial do reino congolês que abrangia uma área que hoje incluiria a república do Congo, a república Democrática do Congo (ex-Zaire) e norte de Angola, onde se situava a sua capital, M'banza Congo.

    Abraço,
    Toke
    Luanda-Angola

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