Não é exatamente uma ilha, mas já foi. Agora está ligada ao continente por um aterro, e é onde se concentram metade dos bares, restaurantes e boates da cidade. É o point do lazer, dia e noite. Uma tripinha, comprida e fina, circundando a baía de Luanda. Tem uns 10 kilômetros de extensão (estou chutando), uma pista prá ir, outra prá voltar.
Com esse perfil, e como em Luanda não tem lei seca, a ilha era um dos lugares onde mais ocorriam acidentes de trânsito. As pessoas saiam pro desbunde, tomavam umas e outras e na volta... pum! Enfiavam o carro no poste.
Até que as autoridades locais resolveram tomar uma providência e puseram uns blocos de concreto enoooormes separando as pistas de ida e volta.
Com um detalhe maquiavélico: protegendo os postes na volta da balada.
O sujeito pode beber o quanto quiser, com toda tranqüilidade. Não vai ter polícia, nem bafômetro, nem redutor de velocidade. E ninguém mais precisa se preocupar com a integridade dos postes. Problema resolvido.
Esta ilha parece ótima!
ResponderExcluirDesde que você foi morar aí, fiquei mais interessada em Angola.
Ficou assim, mais personalizado.
Ontem mesmo vi no jornal que aí é um paraíso fiscal.
Deveras?
bjs
Hummm....
ResponderExcluirEu diria que está mais para paraíso dos fiscais. Aqui tem fiscal prá tudo, até prá averbar ticket de supermercado na porta de saída.
E tem uns impostos curiosos, se é que algum imposto pode ser curioso. As peças de artesanato, p. ex, pagam 50 kwanzas per capita de imposto de exportação. Mesmo se forem carregadas na bagagem de viajantes. E o detalhe: precisam ser seladas, e para isso devem ser lavadas de corpo presente ao ministério de tutela. Independentemente do tamanho e da quantidade.
Que jornal foi esse?
Sempre um prazer ler o seu blogue/blog.
ResponderExcluirA Ilha do Cabo, mais conhecida como Ilha de Luanda, nunca foi bem uma ilha.
Está mais para um istmo, devido à quase permanente ligação à Marginal de Luanda, completando - nos seus 5 kilómetros de língua de terra que se adentra ao mar -, a metade esquerda da meia lua em forma de ferradura que compõe com a marginal.
Durante muitos séculos antes e até depois da chegado dos colonos portugueses a Ilha de Luanda era o banco central do reino do Congo, recolhendo-se exclusivamente das suas areias revoltas uma pequena concha de nome Zimbo, ou N'zimbo, que era a moeda oficial do reino congolês que abrangia uma área que hoje incluiria a república do Congo, a república Democrática do Congo (ex-Zaire) e norte de Angola, onde se situava a sua capital, M'banza Congo.
Abraço,
Toke
Luanda-Angola