Ginga, a Rainha Quilombola
Nzinga Mbandi Ngola, rainha de Matamba e Angola nos séculos XVI-XVII é cultuada pelos modernos movimentos nacionalistas de Angola como a heroína das primeiras resistências. Tem despertado crescente interesse dos historiadores e antropólogos para a compreensão do momento histórico que caracterizou sua destreza na resistência à ocupação portuguesa do território angolano e ao tráfico de escravos.
A resistência de Nzinga à ocupação colonial e ao tráfico de escravos no seu reino por cerca de quarenta anos, usando de várias táticas e estratégias que vão desde a conversão ao cristianismo até práticas de guerra, é fonte para a criação de um imaginário que se impôs como símbolo de luta contra a opressão.
Contemporânea de Zumbi dos Palmares, ambos parecem compartilhar de um tempo e de um espaço comum de resistência: o quilombo.
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Ela não era mole.
Mandou decapitar um tio e envenenou o irmão. Dizem que gostava de sentar-se sobre as costas de suas escravas.
Foi batizada como Dona Ana de Souza, para consolidar um acordo de paz com os Portugueses. Não deu certo.
Aliou-se aos holandeses que, com seu auxílio, conseguiram ocupar Luanda entre 1641 e 1648, quando foram expulsos por Salvador Correia de Sá e Benevides.
Liderava pessoalmente as suas tropas e não queria ser tratada por "Rainha". Preferia que se dirigissem a ela como "Rei".
Morreu em 1680, com idade muito avançada. Após a sua morte, 7000 mil soldados seus foram levados para o Brasil e vendidos como escravos.
Contemporânea de Salvador Correia ds Sá, há 3 séculos, quase eram vizinhos em estátua, na cidade de Luanda no século vinte e um.
ResponderExcluirA rainha Ginga não seria Luandense, mas é a sina de Angola, vem toda a gente parar à capital.
São impenetráveis os desígnios do destino. Contemporâneos, inimigos de fé e vizinhos de estátua. Não é lindo?
ResponderExcluirQue História e "estória" interessantes. Só assim aprendo alguma coisa sobre Angola...
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