quarta-feira, 15 de setembro de 2010

58 centímetros


Acabei de ler uma matéria no site da revista Super Interessante que me deixou arrepiada: poltronas de avião podem diminuir ainda mais.

Parece impossível, mas estão tentando reduzir em 25% o espaço existente entre uma poltrona e outra. A distância entre as filas passaria dos atuais 80 centímetros praticados na classe econômica para 58 centímetros.


Seis pessoas nesse tapetinho!

Dizem que, além do espaço físico, poderiam ser igualmente reduzidas as tarifas aéreas, a quantidade de vôos programados pelo mundo afora e as taxas de emissão de gases causadores do efeito estufa. Pois sim!

Em contrapartida, todos viajaríamos quase de pé, como no metrô na hora do rush. Ou numa espécie de lata de sardinhas voadora. Futuramente, com o desenvolvimento da tecnologia, numa lata de sardinhas voadora e biodegradável.

Os criadores do produto dizem ser possível fazer viagens de até três horas de duração nesses assentos, sem problema. Duvido. Mas é melhor não duvidar. A criatividade das companhias de baixo custo parece não ter limites.

Uma dessas companhias, a irlandesa Ryanair, estabeleceu em 10 kg e um volume com as medidas padrão a franquia de bagagem permitida para cada passageiro. Bolsas, laptops, máquinas fotográficas, sacolinhas de freeshop e o escambau devem caber dentro desse único volume de 10 quilos. Os lanches, há muito tempo são cobrados à parte. Atualmente estudam a viabilidade de abolir a figura do co-piloto e de cobrar à parte também o uso dos banheiros de bordo.

Eu descobri outro dia que estou sofrendo conseqüências de uma viagem realizada há quatro meses. Uma lesão no nervo ciático vem sendo atribuída ao fato de ter ficado um bocado de tempo espremida numa cadeira de avião. Não chega a ser a síndrome da classe econômica, mas poderia ter sido evitada se eu tivesse viajado na executiva.

Fazer o quê? Uma passagem de executiva custa o triplo do preço e eu não tenho essa bala toda. Por enquanto vou aproveitar o que posso. Pelo visto, vai piorar.

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Recebi o Sedex com meu passaporte visado. Já posso voltar a NY!


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Update:  Para ilustrar melhor o assunto, segue a contribuição de um leitor enviada por e-mail. Obrigada, Maurílio.

5 comentários:

  1. tomara que inventem logo o teletransporte... eu que sou pequenininha passo mal no aviào, imagino quem é grande,,,

    credo!!!

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  2. Quando eu era criança, não podia andar de avião porque era coisa para rico. Não estou rico, mas dá para fazer isso de vez em quando. Como classe executiva ou 1ª classe continuam para mim tão inacessíveis quanto era a classe econômica quando eu era criança; com meu tamanho e peso também não poderei viajar de avião na velhice, porque será coisa para magros (macérrimos, diga-se de passagem). Que saudade do Caravelle! E naquele tempo eu não precisava de tanto espaço.

    Maurilio

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  3. Oi, Menina.
    Oi, Maurílio
    Nosso futuro de viajantes vai depender dos cientistas grandes e pobres. Eles poderão ser sensibilizados para desenvolver a tecnologia do teletransporte.
    Os jovens magrinhos não vão se importar muito, e os grandes e ricos poderão continuar viajando na executiva...

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  4. Calma gente, daqui a pouco a gente vai viajar de avião é em pé mesmo, igual vai no busão!

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  5. Olá, Nira.
    De repente, no busão é até melhor...

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