Não era véspera de feriado, nem o primeiro sábado depois do pagamento.
Quero dizer que era a manhã de um dia absolutamente normal, sem sol, nem chuva, nem jogo de futebol pela copa do mundo.Fui ao supermercado (*) para uma comprinha básica: carne, verduras prá salada, café, sabão em pó e coisas do tipo.
Procurei por um carrinho, não achei.
“Acho que não tem, agora estão todos ocupados”, me disse um atendente sem mexer uma palha no sentido de resolver um problema que, até onde consigo perceber, era tão meu quanto dele ou do seu patrão.
Sem carrinho o cliente não compra, o supermercado não vende e o emprego dança. Pelo menos foi o que pensei, antes de ir embora de mãos abanando.
Será mesmo?
Há pouco tempo fui a um supermercado em Portugal, desses que ficam à beira de uma estrada e atendem várias aldeias. Pura curiosidade. Estava com um pouco de pressa, não queria me demorar. Procurei por um carrinho. Achei vários, acessíveis mediante o depósito de uma moeda de 1 Euro, recuperável na devolução do dito cujo. Como não tinha uma moeda de 1 Euro, substituí o carrinho por um cestinho de mão e satisfiz meu impulso comprador com um mero vidro de shampu.
Coisa de português, pensei com meus botões.
Será?
Os carrinhos de bagagem do aeroporto de Istambul também exigem o depósito de uma moeda. Funciona (ou não funciona) assim: você chega de viagem (do Brasil, por exemplo), passa pela imigração e vai procurar a esteira onde sua bagagem será despejada. Perto da esteira estão os carrinhos, todos trancados, nenhuma instrução. Nem preço, nem moeda de pagamento.
Consegui a informação com um passageiro habitué: também custa 1 Euro. Tive sorte e além da informação ganhei uma moeda. Mas porque Euro, Deus do céu? A moeda nacional é Lira Turca!
Coisa de turco?
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(*) Foi no Carrefour-Bairro da 402 sul, se interessar ao patrão.
No dia em que brasileiro aprender a sabotar serviços ruins, as coisas melhoram. Sei lá, daqui a uns 150 anos...
ResponderExcluirVc não viu o filme em que o Tom Hanks ficava preso num aeroporto, sem passaporte pra entrar nos EUA ou voltar a seu país, e "fazia um dinheirinho" devolvendo os carrinhos que os depositários não retornavam?
Eu vi... tomara que a moda não prolifere. Complica a vida de todo mundo, menos daqueles que andam à toa pelos aeroportos do mundo.
ResponderExcluirPor um momento pensei que o Claudio havia escrito este post... ele adora supermercados!
ResponderExcluirMesmo com moedinhas e falta de carrinhos, rsrsrs...
bjks brasilienses