Rodas e bandeirinhas de oração

As bandeirinhas budistas de oração lembram um pouco (ou muito) as bandeirinhas das nossas festas juninas. No norte da Índia, no Nepal, Tibete e Butão estão presentes o ano inteiro e qualquer morro ostenta fieiras e mais fieiras de bandeirinhas coloridas tremulando ao vento.

Têm as cores da natureza: amarelo, azul, verde, vermelho e lilás.

Existem também as bandeirinhas brancas, essas sempre em lotes de 108, colocadas para reverenciar a memória dos mortos e ajudar a liberar os seus espíritos.

As rodas de oração também estão por toda parte. Na entrada dos templos, nos muros das casas, nas praças e nos saguões de edifícios públicos. Rodinhas manuais também são muto usadas pelos devotos em suas peregrinações.

São feitas dos mais diferentes tamanhos e materiais, dos mais simples aos mais suntuosos. Em comum, a atração que exercem sobre os passantes, budistas ou não. Ninguém resiste a dar uma empurradinha, sempre no sentido horário [e que não se vá errar e rodar ao contrário!]. A cada volta da roda  computa-se uma reza feita.

A oração está impressa repetidas vezes nas bandeirinhas, ou em papéis enrolados como papiros colocados dentro das rodas. É o mantra Om Mani Padme Hum, que literalmente significa alguma coisa como “saudação à jóia que existe dentro do lótus”. Possui um poder ilimitado, inclusive o de afastar ou diminuir o carma negativo. Sempre escrito em tibetano.

O mantra é tão poderoso que é capaz de impregnar o ambiente, exalando as bênçãos como se fossem perfume. O vento e o movimento das rodas espalham e transportam os bons fluidos, para benefício de todos. Simples assim.

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Um dos guias que tivemos nessa viagem, o Sr. Udai Pradhan, gostou muito da escolha do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como uma das sete maravilhas do mundo moderno. No seu entender deve ser muito bom morar numa cidade assim, onde se é abençoado o tempo todo, poder sair de casa, olhar a paisagem e elevar o espírito.

Ô dó.

A mulher dele gosta de futebol e torce para a seleção brasileira.