terça-feira, 2 de março de 2010

Hoje em Brasília

Está no Correio Braziliense de hoje:


Suplentes assumem

Os suplentes convocados para substituir os sete deputados — eram oito, mas Leonardo Prudente renunciou na última sexta-feira — citados nas denúncias de corrupção da Operação Caixa de Pandora tomam posse hoje na Câmara Legislativa. Os novatos têm a missão de participar das votações em plenário sobre os quatro pedidos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido). Eles receberão R$ 413 por dia de trabalho (*), mas não terão direito a gabinete, a funcionários nem a verba indenizatória.

Na sessão extraordinária desta manhã, os suplentes acompanharão a leitura do parecer de Chico Leite (PT), relator da Comissão Especial, criada para analisar os processos de cassação contra Arruda. E na quinta-feira, participam da votação em plenário para referendar ou não o posicionamento da comissão. Estão previstos para tomar posse Olair Francisco (PTdoB), Mário Gomes (candidato pelo PP), Roberto Lucena (PMDB), Wigberto Tartuce (que se candidatou pelo PMDB), Ivelise Longhi (PMDB), Joe Valle (PSB) e Washington Mesquita (foi candidato pelo DEM).

Em 20 de janeiro, a Justiça determinou que nenhum dos oito deputados citados nas denúncias de suposto esquema de corrupção poderia participar de qualquer ato referente ao governador afastado. São os parlamentares Eurides Brito (PMDB), Junior Brunelli (PSC), Benício Tavres (PMDB), Aylton Gomes (PR), Rogério Ulysses (sem partido), Benedito Domingos (PP) e Rôney Nemer (PMDB), além de Prudente. A Procuradoria-Geral da Câmara recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a determinação, mas até agora o presidente da Corte máxima, Gilmar Mendes, não julgou o recurso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrariamente à suspensão da decisão judicial.

Os suplentes analisarão os pedidos de impeachment na sala de reunião da presidência da Casa. O trabalho do médico Roberto Lucena (ex-secretário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater-DF) e de Joe Valle sairá a custo zero para a Câmara. Ambos afirmaram que abrirão mão do salário proporcional de deputado (**). Irmão do empresário Gilberto Lucena, dono da empresária de informática Linknet investigada com uma das supostas financiadoras do esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF, Roberto defendeu que seu voto será consciente, imparcial e austero: “O que a população quer eu sei e votarei conforme isso” (***). A reportagem não conseguiu localizar os demais suplentes.

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Comentários do Blog:

(*) - Há quem apoie a idéia de que deputados só deveriam receber pelos dias trabalhados,o que equivaleria a dois ou três dias por semana, na melhor das hipóteses. Outros entendem que só deveriam receber pelos dias não trabalhados, como incentivo ao absenteísmo. O prejuízo do erário, garantem os partidários da idéia, seria menor.

(**) - Por que alguém trabalharia de graça? Será que os suplentes já se consideram suficientemente remunerados? Pelo jeitão da coisa, o custo zero para a Câmara tende a se transformar em  custo altíssimo para o cidadão contribuinte.

(***) - Consciência, imparcialidade e austeridade ... cadê o Aurélio?

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Está rolando uma petição para que o Projeto da Ficha Limpa seja votado ainda este mês, para começar a valer já nas eleições de outubro. Quem quiser aderir, pode clicar no link abaixo

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/?vl

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