domingo, 26 de abril de 2009

O homem que roubou Portugal


A história é tão absurda, mas tão absurda, que quase não dá para acreditar. Mas é real.
Em 1925, Artur Virgílio Alves Reis, o maior falsário de todos os tempos, aplicou um golpe calculado em 2,6% do PIB português na época.
Mais do que uma simples falsificação de cédulas, Alves Reis conseguiu a emissão clandestina de 580 mil notas de 500 escudos. Tanto dinheiro que para escoá-lo foi fundado o Banco de Angola e Metrópole, elevando Alves Reis à categoria de grande financista e redentor da então província. Até que um dia .... alguém notou que o rei estava nú.
A história é contada pelo jornalista Murray Teigh Bloom, em ritmo de romance policial.
Delicioso.



4 comentários:

  1. Já ouvi falar que a usura do banqueiro, do ladrão e do agiota se confundem... contudo, não se pode generalizar.

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  2. Não sei se o autor refere, mas tem autores que afirmam que a burla de Alves dos Reis foi a gota de água que faltava para levar em 1926 ao golpe de estado que levaria o Ditador Salazar ao poder em Portugal, por 40 anos.

    Ainda hoje não se sabe, se Salazar durou tempo demais ou de menos.

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  3. Pelo visto não é de hoje que o "desenvolvimento" de Angola serve de desculpa para quem só pretende encher os próprios bolsos.

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  4. Tinha que ser...

    De todo o modo, essa história é mirabolante e é sintomática de um quadro mental adequado e necessário para que estas situações se materializem. Nisso, Angola também é pródiga. Mais do que ser, o que importa é parecer. E nisso, Alves dos Reis era um mestre muito hábil. Nada tinha, mas parecia dono de meio mundo.

    Ainda hoje, o seu nome consta no Guiness!

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